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A exposição ao césio pode ocorrer por via oral, inalatória ou cutânea, e, sendo altamente solúvel em água, rapidamente passa à corrente sanguínea e se distribui homogeneamente pelo organismo. [1]

Neste ponto é importante distinguir a exposição ao Césio estável e ao Césio radioativo, pois as consequências serão radicalmente diferentes.

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Césio estável (133)

Césio radioativo (137)

Produzido em reatores nucleares como resultado de fissão nuclear do urânio 235 e Plutónio 239. Libertado para o ambiente após acidentes em centrais nucleares, a partir de equipamento da radioterapia e durante os ensaios de armas nucleares conduzidos pelos EUA na década de 1960. [1]

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A explosão do reator nº4 da central nuclear de Chernobyl (26 de abril de 1986) é um exemplo de situação na qual foram libertadas grandes quantidades de césio para o meio ambiente, propagando-se pelo ar e mantendo-se em níveis detetáveis até os dias de hoje. [1][4]

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Mais recentemente, o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, também levou à libertação de césio para o mar. Verificou-se que o césio se acumula no músculo do peixe. [5]

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Outro acidente responsável pela libertação do césio para o ambiente ocorreu em Goiana, Brasil, em 1987, como consequência da libertação do elemento radioativo de um equipamento de radioterapia abandonado. [6]

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O Césio radioativo tem elevada capacidade de se acumular no solo e cimento, para além de se propagar pelo ar, sendo que as plantas podem captar quantidades apreciáveis deste radioisótopo [1], à semelhança do que acontece com o césio estável.

Para além das plantas, a radiação que o césio continua a emitir após a deposição no solo é capaz de contaminar as águas e os animais. [4]

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Existe na crosta terrestre em concentrações de 1-4 ppm (partes por milhão), sendo que as minas contribuem em grande medida para a sua libertação para o meio ambiente[1]

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Devido à sua semelhança química com o potássio é capaz de o substituir, sendo adsorvido e incorporado em minerais e solos ricos em potássio. É também incorporado em plantas e árvores, através da folhagem, e raízes, após deposição nos solos. [1]

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Nos níveis ambientais o césio estável não é tóxico. Assim, a toxicidade humana após exposição por via inalatória, oral ou cutânea é pouco provável [2]. No entanto, o potencial arritmogénico está comprovado, quando grandes quantidades são administradas (toxicidade aguda). [1] [3]

Referências bibliográficas:

[1]http://toxnet.nlm.nih.gov/cgi-bin/sis/search2/r?dbs+hsdb:@term+@DOCNO+7389 Acedido pela última vez  a 11/04/2017.

[2] US Department of Health and Human Services. "Toxicological profile for cesium." Agency for Toxic Substances and Desease Registry (2001). Pages 86-89

[3] Young, F., and J. Bolt. "Torsades de pointes–a report of a case induced by caesium taken as a complementary medicine, and the literature review." Journal of clinical pharmacy and therapeutics 38.3 (2013): 254-257.

[4] Lestaevel, P., et al. "Caesium 137: Properties and biological effects resulting of an internal contamination." Medecine Nucleaire. Imagerie Fonctionnelle et Metabolique 34.2 (2010): 108-118.

[5] Buesseler, Ken O. "Fishing for answers off Fukushima." Science 338.6106 (2012): 480-482.

[6] Okuno, Emico. "Efeitos biológicos das radiações ionizantes: acidente radiológico de Goiânia." estudos avançados 27.77 (2013): 185-200.

[7] US Department of Health and Human Services. "Toxicological profile for cesium." Agency for Toxic Substances and Desease Registry (2001). Pages 32-51

Exposição ao Césio

Figura 3: Polucite (esq) e Rodisite (dir) Minerais onde se encontra o Césio 133. [4]

 http://www.patrickvoillot.com/pt/polucita-185.html

http://www.sapere.it/enciclopedia/rodisite.html

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